Meu coração devora a angústia
do momento próximo
meu prato de vida
é a morte que me deixa os poros
vomito sangue das noites eternas
as cobras se torcem em meu ventre
com medo da morte, que a estação levou.
Acabou a primavera
e não há mais frutos nesse outono fresco
o vento leva meus demônios
a primavera se foi
e
não há mais maças
a alimentar... minha noite.
(Ventre da Noite - Walma Lúcia - 1995)
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